domingo, 19 de julho de 2009

Visão Contacto: "O sonho e o desafio em Zürich"
















Desde que acabei a faculdade estava interessada numa experiência internacional. Trabalhei em empresas onde tivesse contacto com o exterior e ao mesmo tempo onde pudesse conhecer o país ao nível empresarial! Até que resolvi concorrer ao Inov contacto e o processo de selecção correu-me muito bem, de forma que tinha a certeza que entrava! Mas quando entrei, mal podia acreditar!




No campus vim a saber que ia trabalhar para Madrid numa empresa de Contabilidade. Não era bem o que queria, mas lá ia e comecei a procurar informação e preparar-me. Mas depois mudaram-me para Zurique, em três dias ia para Zurique! Contactei a estagiária que já lá estava, fiz algumas pesquisas de casas para alugar, como chegar lá! Logo já estava no avião e no segundo seguinte estava em Zurique, era noite e sentia-me um pouco perdida, mas ao mesmo tempo encantada! No caminho para casa deu para verificar que a maioria das pessoas utiliza os transportes para sair do aeroporto (e não os táxis) e que a fama de pessoas frias, não se verifica quando todos se prontificam a ajudar.



Na Suíça existem quatro línguas, o francês, o alemão, italiano e o romanche. Aqui em Zurique fala-se o alemão, aliás, o suíço alemão que até para os Alemães é difícil de perceber. Portanto no inicio o principal problema foi a língua, é difícil olhar para placards e não perceber nada, nem nos jornais, nem nas meras conversas de rua. Mas com o tempo, os nomes em alemão já me são familiares e quando leio alguma coisa já consigo perceber do que se trata! Também é bastante fácil deslocar-me de uma ponta à outra de Zurique, e no inicio não queria mesmo estar em casa. Apesar da neve! Sim porque o clima é mais seco que em Portugal e o frio não incomoda muito! Mas sim, não há nada como um belo dia de sol, que em Abril começou a dar outro brilho a Zurique.



A procura de casa em Zurique, assim como por toda a Suíça é bastante difícil. Os regulamentos variam de cantão para cantão e, em Zurique a autorização de residência não constitui um problema, o problema deve-se principalmente porque existem muitos alunos que vêm estudar para as faculdades mas não existe alojamento suficiente. Consegui um bom alojamento na OASE, uma residência com um ambiente familiar. Ando no ginásio da faculdade onde tenho bastante escolha ao nível de modalidades e acesso a outros ginásios. Aqui na Suíça valoriza-se muito o deporto, a vida ao ar livre e familiar, ou seja, a qualidade de vida.



Na AICEP efectuo estudos de mercado e detecção de oportunidades de negócio para empresas portuguesas. Também dou apoio na área do turismo. Mas o mais interessante consiste na organização e presença em eventos. Aqui para além de existir o contacto directo com o mercado, existe a possibilidade de contactar com pessoas importantes das diversas áreas.




Zurique é a cidade dos investimentos, da banca e da indústria. É a maior cidade da Suíça, mas mesmo assim muito pequena. Tem uma grande diversidade cultural, vida nocturna, lojas, espaços verdes, mas também muitos museus. Aqui os salários são altos, mas a vida também é cara.




O Stadt Zurique oferece cocktails de boas vindas com visitas guiadas aos principais monumentos de Zurique. Para além de conhecer os principais monumentos e histórias da cidade, aqui é possível esclarecer dúvidas e obter bons contactos.




Relativamente a locais a visitar, primeiro recomendo a área das universidades, com o Politerasse, donde é possível ver a cidade. Sem dúvida a zona dos jardins ao lado do lago em Bellevue, aqui no verão várias pessoas, na sua maioria jovens juntam-se para pick-nicks. Também gosto muito de passear na zona mais comercial que é a Bahnofstrasse e a zona de Niederdorf, que para além de bares tem muitas lojas. Também recomendo as catedrais: Grossmunster e Fraumunster. Para além do museu Kunsthouse.



A Suíça conheci através de uns bilhetes chamados Tageskart, que permitem viajar durante um dia em quase todos os transportes por toda a Suíça. Mais tarde descobri também o Super Saver da SBB, que permite adquirir bilhetes mais em conta pela Internet. A SBB é a empresa ferroviária com maior força na Suíça e apesar dos preços aparentemente exorbitantes oferece grandes vantagens/descontos (principalmente para jovens). Uma das cidades que gostei mais foi a Lucerna, centro cultural entre o lago e as montanhas, tem a cidade velha, torre de água e a ponte da capela; Berna é a capital, famosa devido às arcadas (UNECSO world heritage); Basileia é o centro cultural, com uma cidade antiga mágica e museus famosos.




A crise na Suíça não se sente tanto como nos outros países principalmente porque a Suíça sempre foi um país muito tradicional e existe um grande nível de poupança. Mas como vive muito da banca é sem dúvida afectada! Também é afectada ao nível das exportações. Por toda a Suíça existem muitos portugueses, estes conquistaram os seus direitos e um maior respeito com os acordos com a União Europeia. Agora, apesar de continuarem a ser vistos como trabalhadores, honestos e de cada vez mais se deslocarem para o mercado de trabalho com um maior nível de formação, voltam a sentir algum aperto com a crise.



A Suíça é um país diferente de Portugal, mas Zurique ainda apresenta mais diferenças. Esta experiência permitiu ver de perto e aprender aspectos apenas perceptíveis através da vivência quotidiana neste mercado. É uma experiência que repetiria.





Sites a consultar:
www.myswitzerland.com/
www.visit-switzerland.ch/
http://www.zuerich.com/







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